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Foto do escritorPam Ribeiro

A Sacerdotisa II

A Sacerdotisa sempre foi uma carta que me passava a sensação de distância, era como se eu daqui do meu mundinho, não tivesse a capacidade suficiente para alçar voo atpé os mistérios dela.





É toda dual, e para alguém que beira ao pragmatismo, me perdia nas possibilidades que essa mulher poderia me levar, e leva. Em dois. Assim é com a Sacerdotisa, ela te move, mas, sem precisar encostar em ti, porque dela você entende que só basta escutar o que está dentro.


E eu fui escutando. Sentindo a água correr, sentindo suas formas escorrerem. A questão é que, uma vez dentro de seu mundo, por trás daquela cortina, você se vê imerso, recluso, em algo que é mais teu que dela.



No Afro Brasilian Tarot, um oráculo que vem relacionando aos orixás e a cultura africana, a Sacerdotisa vem representada por Nanã, a orixá da sabedoria, responsável pelo portal da vida e da morte, pois da lama tudo se vai, assim como volta, a lama, a terra, reconstrói. Ela nos leva ao retorno de si, ao nosso sentimento de pertencimento.


Aqui, Nanã nos mostra a importância do silêncio e como dele se alcança a energia sábia de que precisamos para nos transformar em algo maior e melhor acreditando em nossa própria intuição.


A morte e a vida são duas, e nelas que nossos processos se movem nos levando para o giro da roda, o novo ciclo. Primeiro, aterrado, em lama, denso ≈ transforma ≈ vida. Vida-morte-vida. É o luto de si, mas tbm vida. Dualidade que se torna um, esse mistério do se ser e do que é você.


Feticeiras.


E esses são os seus véus, o tom de azul, e suas notas essenciais em se ser. Fluidez. Adaptável. O moldar a si mesmo.


E você? O que sente dessa moça?

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